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MATIZES - Marina Gouvêa

Na infância, brincava entre flores, pássaros e sorrisos, até que Marina descobriu a imensidão das palavras. Desde menina, ela vivia em um mundo de cores e alegrava-se com as pequenezas da vida, mas foi devorando livros e histórias que passou a sonhar com tons ainda mais vivos.


Estudiosa, aos 10 anos, já dava aulas de reforço para um menino do bairro. Marina levava jeito e ensinar lhe parecia natural. Nessa época, mal sabia que em cada lição que dava ela também aprendia, não sobre português ou matemática, mas a respeito do seu caminho como educadora. Percorrê-lo a trouxe para Paraty em 1965.


Marina chegou à cidade para lecionar no Colégio CEMBRA. Apaixonou-se irremediavelmente por essa terra e sua gente, trocou votos de amor e nunca mais partiu.

Em sala de aula, a professora Marina fazia folia para a poesia, num tempo em que nenhum paratiense sequer sonhava em sediar uma festa da literatura. Continha em seu cronograma escolar encorajar o vôo dos alunos por entre as páginas dos livros. Cultivou o amor pela leitura e formou pequenos amantes da poesia. Na trajetória pontuada por palavras, encontrou na vida em Paraty a inspiração para publicar seu primeiro livro, “Tecendo Poesia”, em 2014.


A poesia dentro dela, como se tivesse vontade própria, a conduziu para outras frentes e lhe permitiu colorir a vida usando artifícios além das letras. Com linha e agulha, aprendeu a transferir os ensejos da sua alma para o puro linho. Com tinta e pincel, a retratar a beleza que sua vista alcança. Marina, que gosta de aproveitar os dias enquanto escreve, borda e pinta, revela seus matizes fazendo poesia do cotidiano, da memória e dos sonhos.

 

Curadoria: Patrícia Gibrail

Produção: Emanuel Gama

Design: Leonardo Assis

Texto: Tayná Pádua

Fotos: Leonardo Assis


Abertura: 28 de novembro de 2019

Encerramento: 03 de março de 2019

Sala Samuel Costa


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