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CRÔNICAS DE PARATY - Cine teatro Zé Kleber

#1 CRÔNICAS DE PARATY: Cine teatro Zé Kleber (Cinema da Praça)

Por João Apolônio dos Santos Pádua Neto (1945 – 2020)


Farei aqui um resumo do que me lembro e sei do cinema em Paraty. Um dos primeiros proprietários foi o Paulo “Pirata” Delphino, que tempos depois transferiu para seu filho Armando. Este, algum tempo depois, transferiu para o Sr. Vidal, que acredito, denominou-o “Cine São Jorge”, que passou o cinema para o italiano Pedro Stanisce. O Sr. Vidal criou a cadeia de auto-falantes “São Jorge”, parecendo ser devoto do santo guerreiro, pois o nome de seu filho primogênito também era Jorge.

Tenho melhor lembrança do cinema na fase do Sr. Pedro Stanisce, com o prédio baixo e a entrada pela lateral, em divisa com a atual Pousada dos Gerânios. Assistíamos os seriados do Zorro, Super-Homem, Tarzan, Homem Submarino e outros mais, além dos nossos heróis do faroeste, Roy Rogers, Rock Lane, Durango Kid, Tom Mix, Hapalong Cassidy e também do canal 100 de jornalismo.

O cinema possuía apenas um projetor, assim tínhamos intervalos longos, o tempo de rebobinar a fita, e esse tempo era para comprar pinhão, amendoim, paçoca, pirulitos e puxa-puxa. Algumas das crianças, maldosamente, colocavam puxa-puxa no assento, que quando alguém sentasse ficava com o bumbum grudado. Era comum também jogar cascas dos pinhões nos assistentes que ficavam na frente. O “Charuto” era o funcionário que passava os filmes, mas quando acontecia de um deles queimar, era preciso aguardar a colagem das partes, e nesse momento a turma gritava o nome do Charuto. Acontecia também do filme começar pelo final, e lá ia a turma gritando o nome do Charuto, que algumas vezes não tinha culpa. Era no escurinho do cinema, onde os jovens românticos perdiam sua timidez. Há muita história para contar e o espaço é restrito. Mas para aqueles que vivenciaram situações daquela época ou para aqueles, que ainda jovens, gostariam de sentir aqueles momentos assistam o filme CINE PARADISO, que nos traz boas lembranças da nossa infância.

Foto: Benedito Lima de Toledo (1974)


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