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Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura
e Economia Criativa e Petrobras, apresentam

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O Cinema em Paraty

O primeiro longa-metragem totalmente rodado em Paraty, no ano de 1948, foi "Estrela da Manhã", dirigido por Oswaldo de Oliveira, pseudônimo  Jonald, com argumento do escritor Jorge Amado. Um elenco estelar composto por Dulce Bressane, Paulo Gracindo e Dorival Caymmi, que canta uma canção em uma das cenas na Praia do Pontal.

Quase duas décadas depois, em 1967, o antiquário paulista Nelson Penteado – encantado com a história e a atmosfera boêmia da cidade, concentrada no Bar do Abel e no restaurante Valhacouto, produz o curta metragem "Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty", dirigido por Pedro Rovai com roteiro e narração do poeta paratiense José Kleber. Nele, se pode ver as únicas imagens da pintora modernista Djanira trabalhando em seu atelier do Corumbê, onde residia. Naquele mesmo ano, Walter Lima Jr. escolhe Paraty para cenário do filme "Brasil, ano 2000" - que lançaria em 1968 o movimento do Tropicalismo no cinema, com trilha do maestro Rogério Duprat e José Carlos Capinam, na voz de Caetano e Gal Costa principalmente. 

Dois anos depois, incentivado por José Kleber, o cineasta Nelson Pereira dos Santos chega com sua equipe para filmar uma adaptação livre do conto "O Alienista", de Machado de Assis – lançado com o título de "Azyllo muito louco" e premiado em Cannes (1970) pela Crítica. No ano seguinte, Nelson realiza, com a mesma equipe, "Como era gostoso o meu francês", inspirado no livro do alemão Hans Staden – prisioneiro por 17 anos dos índios tupinambás, durante a invasão francesa no Rio de Janeiro – locado na Fazenda da Graúna.

Ao final das filmagens, e basicamente com a mesma equipe, o assistente de Nelson, Luiz Carlos Lacerda, realiza seu primeiro longa metragem: "Mãos vazias" (1971), com Leila Diniz e José Kleber como protagonistas –filmado na Fazenda Itatinga, no Bairro Histórico e nas ilhas da baía local. Foi o primeiro de outros filmes do Diretor em Paraty, como "O Princípio do Prazer" (1979), o último filme de Odete Lara antes de seu exílio, com figurinos e direção de arte de Julio Paraty; os curtas "O Sereno Desespero"(1972) e "O acendedor de lampiões" (1982), além de sequências de "Leila Diniz" (1987), entre outros. Em 1983, "Gabriela", de Jorge Amado, ganhou sua adaptação sob direção de Bruno Barreto, com Sônia Braga e Marcello Mastroianni e trilha sonora de Tom Jobim. Walter Lima Jr., por sua vez, volta à Paraty para filmar "Ele, o Boto" (1987) – com Carlos Alberto Riccelli, Ney Latorraca e Dira Paes. Aberto esse caminho e com a estrada Rio-Santos facilitando o acesso à Paraty, aliado à notícia nos meios cinematográficos da existência de mão de obra local especializada formada pelos filmes desse período, a acolhida da população e a facilidade de encontrar belas locações , sucederam-se mais de uma centena de produções brasileiras e internacionais, clipes, novelas, filmes publicitários e séries. Paraty é conhecida como a “cidade-estúdio do Brasil”.
                                                                                                                                                                                            Luís Carlos Lacerda

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